European Journal of Education Studies
ISSN: 2501 - 1111
ISSN-L: 2501 - 1111
Available on-line at: www.oapub.org/edu
Volume 3 │ Issue 1 │ 2017
doi: 10.5281/zenodo.229890
MAPAS CONCEITUAIS UTILIZADOS COMO INSTRUMENTO DE
AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM PARA O ENSINO DE FÍSICAi
Regiane de Souza Paula Santos1ii,
Marcus Vinicius Carvalho Guelpeli2,
Geruza de Fátima Tomé Sabino3
1,2,3
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
Campus JK - Diamantina/MG, Rodovia MGT 367 - Km 583, nº 5000
Alto da Jacuba CEP 39100-000 – MG – Brasil
Graduanda em Educação pelo Programa de Pós Graduação (PPGEd),
1
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, Brasil
2,3
Departamento de Computação (DECOM),
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, Brasil
Abstract:
This work is the result of an experiment carried out by the teacher / researcher, with
students of classes of the 2nd and 3rd years of High School, of a Public School of the
State network, located in Brazil, in the city of Diamantina, belonging to the State of
Minas Gerais. Its main objective is to analyze how the use of new technologies in the
classroom, such as the concept maps tool, can contribute both to teaching-learning
physics and as an instrument to facilitate learning and evaluation. Thus, from the
researches and studies, the conceptual maps tool was used as a facilitator tool in the
evaluation, for the improvement in students' scores on the content of Physics. The
methodology used in this research was defined as qualitative, based on an experimental
and documentary study. The research was divided in two stages: in the first stage, the
conceptual maps tool was used as a learning tool, comparing notes between two classes
of the 2nd year (A and B), experimental and control. A total of 116 students participated
during the first semester in 2014 and 2015. In the second stage, continuing research,
conceptual maps were used as an evaluation tool in 3rd year classes (A and B),
Experimental, verifying the effectiveness of this tool with the collaboration of three
evaluating teachers in the content of Physics. A total of 45 students participated in the
CONCEPTUAL MAPS USED AS AN INSTRUMENT OF EVALUATION AND LEARNING OF
PHYSICS
ii Correspondence: regianefisica@gmail.com, marcus.guelpeli@ufvjm.edu.br, geruzaft@hotmail.com
i
Copyright © The Author(s). All Rights Reserved.
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Regiane de Souza Paula Santos, Marcus Vinicius Carvalho Guelpeli, Geruza de Fátima Tomé Sabino
MAPAS CONCEITUAIS UTILIZADOS COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM
PARA O ENSINO DE FÍSICA
second phase, during two semesters, for the year 2015. The results, as well as the
qualitative analysis of the process, showed that there was a significant advance in
students' scores, both in relation to the first stage, As an instrument of comparison
between the classes analyzed, and in relation to the second stage, insofar as they
developed evaluations, using conceptual maps, as an evaluation tool in the content of
Physics.
Keywords: conceptual maps, assessment tool, physics learning, new technologies
Resumo:
Este
trabalho
é
o
resultado
de
uma
experimentação
realizada
pela
docente/pesquisadora, com alunos de turmas do 2º e 3º anos do Ensino Médio, de uma
Escola Pública da rede Estadual, localizada no Brasil, na cidade de Diamantina,
pertencente ao Estado de Minas Gerais. Tem como principal objetivo, analisar de que
maneira a utilização de novas tecnologias em sala de aula, a exemplo da ferramenta
mapas conceituais, podem contribuir tanto para o ensino-aprendizagem de Física
quanto como instrumento facilitador da aprendizagem e da avaliação. Assim, a partir
de pesquisas e estudos foi utilizada a ferramenta mapas conceituais como instrumento
facilitador na avaliação, para a melhoria nas notas dos discentes no conteúdo de Física.
A metodologia utilizada nessa pesquisa definiu-se como qualitativa, a partir de um
estudo experimental e documental. A pesquisa foi dividida em duas etapas: na primeira
etapa, utilizou-se da ferramenta mapas conceituais enquanto instrumento de
aprendizagem, comparando notas entre duas turmas de 2º ano (A e B), experimental e
controle. Participaram da pesquisa, nesta primeira etapa, 116 discentes, durante um
semestre escolar, referentes aos anos de 2014 e 2015. Na segunda etapa, dando
continuidade à pesquisa, utilizou-se da ferramenta mapas conceituais enquanto
instrumento de avaliação, em turmas de 3º ano (A e B), experimental, verificando a
eficácia dessa ferramenta com a colaboração de três docentes avaliadores no conteúdo
de Física. Participaram da pesquisa, nesta segunda etapa, 45 discentes, durante dois
semestres escolares, referente ao ano de 2015. Os resultados, bem como a análise
qualitativa do processo, demonstraram que houve um avanço significativo nas notas
dos discentes, tanto em relação à primeira etapa, como instrumento de comparação
entre as turmas analisadas, quanto em relação à segunda etapa, na medida em que,
estes desenvolveram avaliações, utilizando mapas conceituais, enquanto ferramenta
avaliativa no conteúdo de Física.
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MAPAS CONCEITUAIS UTILIZADOS COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM
PARA O ENSINO DE FÍSICA
Palavras-Chave: mapas conceituais, ferramenta de avaliação, aprendizagem de física,
novas tecnologias
1. Introdução
Atualmente, a nova sociedade educacional está marcada por várias transformações
sociais, culturais, afetivas e tecnológicas. Essas transformações envolvem o trabalho do
educador e apontam um novo perfil para os docentes nas escolas, principalmente
públicas. O novo perfil do docente de hoje, é de não levar mais apenas informações às
salas de aula, e sim discuti-las com seus discentes. O seu papel principal é o de mediar e
orientar os discentes despertando interesses para que tomem suas próprias decisões.
A inserção das novas tecnologias na educação, quase que impostas pela
modernidade, vêm tomando conta da sala de aula, gerando um novo modelo de
aprendizado, fazendo com que o conhecimento não seja mais repassado somente pelo
docente, como era antigamente, mas experimentado, modificado, questionado pelo
discente, facilitando assim as trocas de informações entre ambos os aprendizes.
A utilização das novas tecnologias em sala de aula no processo de ensinoaprendizagem é de fundamental importância para a escola, fazendo com que o discente
tenha um ensino inovador e de qualidade, tornando as aulas cada vez mais
motivadoras e dinâmicas. Onde o docente poderá desenvolver atividades não somente
teóricas, mas de pesquisas e práticas avaliativas para a ampliação do conhecimento
virtual do discente. Nesse sentido, de acordo com o projeto político pedagógico da
escola o docente adapta suas necessidades e realidades escolares produzindo uma
maneira própria de ensinar o conteúdo adequando as novas tecnologias. (Costa, 2016).
O grande foco desta pesquisa está em utilizar essas novas tecnologias em sala de
aula propondo a inserção do programa CmapTools e a ferramenta mapas conceituais
como instrumento auxiliar no ensino-aprendizagem e na avaliação. A metodologia
proposta neste trabalho esta baseada nas orientações estabelecidas pelo autor Moreira
(2010), na teoria cognitiva e nas ideias de Ausubel (1963) e Novak (1977). Desta forma,
foi utilizada a ferramenta mapas conceituais como instrumento facilitador na avaliação,
para a melhoria nas notas dos discentes no conteúdo de Física, usando para isso o
programa CmapTools.
Este trabalho está organizado da seguinte maneira: Na seção 2, apresenta um
histórico sobre a avaliação e os mapas conceituais. Na seção 3, apresenta os objetivos, na
seção 4, traz materiais e métodos, na seção 5, define a conclusão, relata considerações
finais e propostas de trabalhos futuros na área educacional e na seção 6 traz as
referências.
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PARA O ENSINO DE FÍSICA
2. A Avaliação e os Mapas Conceituais
A história da avaliação, dentro da educação escolar, surgiu a partir do século XX, com o
termo avaliação educacional sendo utilizado pela primeira vez por Ralph Tyler,
considerado como o pai da avaliação , na década de 93 (Macedo e Lima, 2013).
Época em que a memória era uma das principais técnicas de aprendizagem escolar.
Desde o século XX, até os dias de hoje, a avaliação apresenta instrumentos
importantes para que o docente possa analisar seus discentes em sala de aula. Dentre
esses instrumentos de coleta de informações podem ser apontados: arguições,
questionários, testes, provas, exercícios, trabalhos. As provas e testes são ferramentas
mais conhecidas e mais utilizadas pelos docentes para avaliar os resultados da
aprendizagem escolar. (André, et al., 1982).
Percebe-se, atualmente, uma mudança nessas ferramentas utilizadas para avaliar
a aprendizagem nas escolas. Alguns desses instrumentos avaliativos, tais como
arguições e provas orais, não são mais utilizados em sala. O que há algum tempo atrás
era considerado uma das principais técnicas de ensino (Macedo e Lima, 2013).
Assim, de acordo com o autor Moreira (2010), surge uma ferramenta de avaliação
escolar, sendo utilizada como instrumento de avaliação da aprendizagem: os mapas
conceituais, podendo ser usados para obter uma visualização da organização conceitual
que o aprendiz atribui a um dado conhecimento.
A fundamentação teórica dos mapas conceituais baseia-se na teoria da
aprendizagem desenvolvida por David Ausubel, psicólogo e também defensor da
aprendizagem cognitivista e significativa, na qual a aprendizagem se dá por meio de
assimilação de conceitos que vão se acumulando, na medida em que o indivíduo vai
socializando esses conceitos. Isso caracteriza o que ele chama de estrutura cognitiva. Na
busca por uma representação de melhoria desses conceitos, no desenvolvimento
cognitivo entre crianças, David Ausubel começou a experimentar mapas conceituais
com essas crianças, observando como elas assimilavam esses novos conceitos.
Baseando-se nas ideias de David Ausubel, surge em 1972, na Universidade de
Cornell, Estados Unidos, Joseph Novak, docente em ciências e matemática. Esse
desenvolveu juntamente com seus colaboradores uma técnica baseada na psicologia da
aprendizagem de David Ausubel, que mais tarde ficou conhecida mundialmente como
a teoria dos mapas conceituais.
Então em 1987, Joseph Novak e o Institute for Human and Machine Cognatation
(IHMC), desenvolveram uma ferramenta, ou um programa de computador conhecido
como CmapTools, para a construção dos mapas conceituais.
Mapas conceituais são diagramas, indicando relações entre conceitos, ou entre
palavras que usamos para representar conceitos (Moreira, 2010, p.11). Esses conceitos são
estruturados e hierarquizados, dentro de caixas em formato de quadrado, lidos de cima
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para baixo, progressivamente. São representados por meio de setas, que ligam de
maneira adequada o conceito principal aos conceitos secundários, sendo acompanhados
ou não de exemplos. Podem ser conectados a palavras de ligação, originando uma
hierarquização de acordo com o conhecimento assimilado pelo indivíduo.
Na Figura 1, um modelo representa as características dos mapas conceituais,
segundo Novak e Cañas (2010).
Fonte: Novak e Cañas (2010, pg.10).
Na avaliação por meio de mapas conceituais, a ideia principal é a de verificar o que o
discente sabe em termos conceituais, como ele estrutura, hierarquiza, diferencia, integra
conceitos de uma determinada unidade de estudo, tópico, disciplina (Moreira, 2013). O
uso de mapas conceituais implica uma postura que, para muitos, difere da usual
(Moreira, 2013). Por se tratar de uma técnica nova, modifica a maneira de detectar a
aprendizagem do discente por meio do que ele sabe em relação ao conteúdo. Na
medida em que o discente consegue entender o conteúdo, ele pode selecioná-lo em
conceitos, fazendo-se assim, uma conexão entre eles.
Sendo assim, Araújo et. al. (2007), especifica os mapas conceituais como úteis
enquanto ferramentas no processo de avaliação, auxiliando docentes e discentes a
extraírem e reestruturarem os conhecimentos prévios. Em outra abordagem, os mapas
conceituais também podem ampliar o conhecimento e envolver, ao mesmo tempo, o
discente ao conteúdo, melhorando a sua autoestima e vontade de aprender. Ainda,
podem favorecer a aprendizagem, no sentido de incentivar o discente
progressivamente.
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3. Objetivos
O principal objetivo deste trabalho foi analisar de que maneira a utilização dos mapas
conceituais, em sala de aula, podem contribuir tanto para o ensino-aprendizagem de
Física quanto como instrumento facilitador da aprendizagem e da avaliação.
O problema que despertou o interesse para essa pesquisa foi o baixo rendimento
nas avaliações, principalmente no conteúdo de Física. Isso significou que, cerca de
48,9% dos discentes referente as notas no 1º e 2º bimestres escolares nas turmas de 2º
ano A e B de 2014, obtiveram rendimento médio equivalente a 9,8 pontos, numa escala
de 0 a 25. Essa média encontrava-se abaixo da nota mínima necessária por bimestre, ou
seja, 15,0 pontos. O que corresponde um total anual de no mínimo 60 pontos, colocando
o discente em uma situação de reprovação ou evasão escolar.
Na tentativa de responder a esse problema, foram levantados alguns objetivos
específicos: 1) propor uma avaliação através de mapas conceituais como facilitadora na
aprendizagem; 2) verificar se houve melhoria nas notas dos discentes de 2º e 3º anos do
Ensino Médio, logo após a realização das avaliações feitas com mapas conceituais; 3)
analisar a eficácia dos mapas conceituais.
4. Materiais e Métodos
Esta pesquisa caracteriza-se como qualitativa, experimental e documental, foi
observada pela professora/pesquisadora, em turmas de 2º e 3º anos do ensino médio no
conteúdo de Física, por três semestres escolares. Para tanto, organizou-se a pesquisa em
duas etapas, sendo a primeira utilizando mapas conceituais enquanto instrumento de
aprendizagem, comparando-se notas entre duas turmas de 2ºanos do Ensino Médio,
durante o segundo semestre de 2014 e 2015 e a segunda etapa, utilizando os mapas
conceituais como instrumento avaliativo, durante dois semestres escolares, através da
validação desta ferramenta por três docentes na área de Física em turmas do 3º ano do
Ensino Médio.
4.1.Primeira Etapa
Esta etapa foi realizada, com turmas de 2º ano A e B, no segundo semestre de 2014
(turma experimental); em seguida, com as turmas de 2º ano A e B, no segundo semestre
de 2015 (turma controle). Sendo que nesta última, durante o mesmo período, não foram
utilizados mapas conceituais, e as aulas de Física foram ministradas normalmente,
dentro do conteúdo escolar. Assim, foi feito um cruzamento das notas bimestrais,
referentes ao segundo semestre escolar, entre as turmas de 2º ano A e B experimental
(2014) e as turmas de 2º ano A e B controle (2015). Os resultados foram comparados e
analisados qualitativamente em gráficos listados na seção seguinte. Na Tabela 1,
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verificam-se as turmas experimentais e controle, a introdução do conteúdo de Física e
sua relação com os mapas conceituais.
Tabela 1: Grupos, relações e procedimentos na avaliação com mapas conceituais
Turma
2º anos A e B
2014
(experimental)
51 discentes
2º semestre
2º anos A e B
2015
(controle)
65 discentes
2º semestre
3º anos A e B
2015
(experimental)
45 discentes
1º e 2º semestre
Conteúdo
Termologia
Calorimetria
Introduzir
e
Leis
da
Termodinâmica
Termologia
Calorimetria
e
Leis
da
Termodinâmica
Eletricidade
semestre)
Magnetismo
semestre)
Conteúdo de
Física
e
Mapas
Conceituais
com
ferramenta
CmapTools
(1º
(2º
Conteúdo de
Física
Conteúdo de
Física
e
Mapas
Conceituais
com
ferramenta
CmapTools
Relacionar
Conteúdo
de
Física
aos mapas
conceituais
Não houve
relação do
conteúdo
com
os
mapas.
Conteúdo
de
Física
aos mapas
conceituais
Observar
Avaliar
Alunos
individualmente
Prova
tradicional
3º
e
4º
Bimestres.
*Utilizou
mapas
conceituais na
aprendizagem
Alunos
individualmente
Prova
tradicional
3º
e
4º
Bimestres.
**
Utilizou
métodos
tradicionais de
avaliação
Alunos
coletivamente
Prova
tradicional e
Prova
com
mapa
conceitual 1º,
2º, 3º e 4º
Bimestres.
***
Utilizou
mapas
conceituais
como avaliação
Fonte: Própria autora.
4.2. Segunda Etapa
Nesta etapa da pesquisa, as turmas foco do trabalho, foram turmas de 3º A e B (turma
experimental), durante o ano de 2015, foram utilizados mapas conceituais em todos os
bimestres escolares. Para isso, fez-se um cruzamento de notas entre as avaliações
bimestrais realizadas com mapas conceituais e as avaliações bimestrais realizadas
tradicionalmente.
A Tabela 2 estabelece a relação explícita deste experimento e possíveis resultados
dessas avaliações e dos mapas conceituais durante o período estudado.
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Tabela 2: Grupos e média das notas dos discentes do 3º ano (A e B) referentes às
avaliações bimestrais
1º Bimestre
Avaliações (0 - 15)
2º Bimestre
Avaliações (0 - 15)
3º Bimestre
Avaliações (0 - 15)
4º Bimestre
Avaliações (0 - 15)
1ª
Fase
2ª
Fase
3ª
Fase
1ª
Fase
2ª
Fase
3ª
Fase
1ª
Fase
2ª
Fase
3ª
Fase
1ª
Fase
2ª
Fase
3ª
Fase
Grupo 1
12,0
11,0
7,0
13,0
13,0
8,5
12,5
12,5
5,5
13,5
15,0
7,5
Grupo 2
13,0
12,0
7,0
12,5
11,5
10,0
13,0
11,0
4,5
11,5
13,0
5,5
Grupo 3
12,5
15,0
9,0
14,5
14,0
9,5
11,5
12,0
7,5
12,0
14,0
9,5
Grupo 4
13,0
10,0
5,5
12,5
11,5
9,0
12,5
10,0
4,5
12,5
12,0
10,0
Grupo 5
13,5
12,0
7,5
14,5
13,5
9,0
13,0
12,0
6,0
12,0
15,0
7,5
Grupo 6
13,5
10,0
6,5
11,5
11,0
6,5
14,0
11,5
6,0
10,5
12,0
9,0
Grupo 7
10,5
8,0
6,5
10,0
8,5
7,5
13,5
12,5
3,0
14,0
15,0
8,0
Grupos/
Média Notas
Avaliador
Fonte: Própria autora.
A partir da Tabela 2, a estratégia utilizada entre a prova individual e coletiva foi fazer a
média das avaliações referentes aos mapas conceituais, consideradas na 1ª e 2ª fases e a
maior nota referente à prova tradicional considerada na 3ª fase. Uma vez que as provas
tradicionais da escola não poderiam ser feitas em grupos de discentes.
Sendo assim, na 1ª fase, optou-se pela média aritmética nas notas dadas através
da validação dos mapas conceituais por três docentes de Física, pertencentes a escolas
públicas; na 2ª fase, escolheu-se a média aritmética nas notas das avaliações dos mapas
pela docente/pesquisadora; finalmente, na 3ª e última fase, foi lançada a nota maior das
avaliações tradicionais da escola, dentro do mesmo grupo de discentes. Nessa terceira
fase, não foi utilizado mapas conceituais e, sim, a prova tradicional.
5. Resultdos e Discussão
5.1. Primeira Etapa
Através da análise dos gráficos 1, 2, 3 e 4, listados nessa sessão, indicando número dos
discentes por intervalos de notas, destacam-se: as cores em azul, referentes às turmas
experimentais, onde foram trabalhados mapas conceituais. As cores em vermelho,
referentes às turmas controle, onde não foi desenvolvido o experimento com mapas
conceituais.
Assim, foi feito um cruzamento de dados detectando-se a média escolar dessas
notas. A variação de pontos está relacionada nos gráficos de (0 a 25) no eixo x, obtendo
êxito os discentes que conseguiram resultados iguais ou superiores a 60% desse total no
bimestre, correspondentes a quinze pontos.
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Gráfico 1: Resultado referente ao 3º Bimestre, turma de 2º ano A (experimental e controle)
Fonte: Própria autora.
Gráfico 2: Resultado referente ao 4º Bimestre, turma de 2º ano A (experimental e controle)
Fonte: Própria autora.
Analisando os resultados dos Gráficos 1 e 2, em relação ao cruzamento de dados no
terceiro e quarto bimestres, nas turmas de 2º ano A (experimental e controle), foi
observado, nestes dois bimestres escolares, entre o intervalo de notas (15,1 e 25,0) um
aumento na média dos alunos nos gráficos de cor azul, em que foram trabalhados os
mapas conceituais.
Nos Gráficos 3 e 4, foram analisados os resultados referentes ao cruzamento de
dados nos terceiro e quatro bimestres nas turmas de 2º ano B (experimental e controle).
Nessas turmas, observou-se também, nos dois bimestres escolares, um aumento entre o
intervalo de notas (10,1 e 25,0), nos gráficos de cor azul.
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Gráfico 3: Resultado referente ao 3º Bimestre, turma de 2º ano B (experimental e controle)
Fonte: Própria autora
Gráfico 4: Resultado referente ao 4º Bimestre, turma de 2º ano B (experimental e controle)
Fonte: Própria autora
Após o cruzamento de dados, foi observada uma tendência de melhoria nas notas das
turmas em que foram trabalhados mapas conceituais, em comparação ao
aproveitamento das turmas que não utilizaram a ferramenta. O que possibilita o uso da
ferramenta mapas conceituais em sala de aula enquanto instrumento facilitador do
ensino-aprendizagem de Física.
5.2. Segunda Etapa
Em que foram analisadas duas turmas referentes ao 3º ano A e B (experimental) do
Ensino Médio. Essas análises foram realizadas logo após o encerramento dos 4 (quatro)
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bimestres escolares no ano de 2015. Foram verificadas as médias das notas por fase de
avaliação, em todos os bimestres, fazendo-se a cada bimestre, a média estatística entre
os 7 (sete) grupos listados no eixo x nos Gráficos 5,6,7 e 8.
Gráfico 5: Resultados referentes às Avaliações do 1º Bimestre nas turmas de 3º ano A e B,
ano 2015
Fonte: Própria autora.
O Gráfico 5, mostra os resultados do primeiro bimestre escolar nas turmas de 3º anos (A
e B) experimentais de 2015 referentes às avaliações do primeiro bimestre escolar. Assim,
ao comparar as notas das médias dos docentes avaliadores às da docente/pesquisadora,
observou-se, nas duas fases, que a maioria das notas, nas avaliações feitas com os
mapas conceituais, ficaram acima da média (> ou = 60%), em comparação as notas das
avaliações tradicionais, sem mapas conceituais.
Gráfico 6: Resultados referentes às Avaliações do 2º Bimestre nas turmas de 3º ano A e B,
ano 2015
Fonte: Própria autora.
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O Gráfico 6, analisa os resultados referentes as avaliações do segundo bimestre escolar,
nessas mesmas turmas, percebeu-se que foram mantidas as médias das avaliações
realizadas com mapas conceituais; em contrapartida, observou-se um pequeno aumento
nas notas das avaliações tradicionais entre os grupos.
Gráfico 7: Resultados referentes às Avaliações do 3º Bimestre nas turmas de 3º ano A e B,
ano 2015
Fonte: Própria autora.
O Gráfico 7, analisa os resultados referentes as avaliações do terceiro bimestre escolar.
Ao comparar as notas das médias dos docentes avaliadores às da docente/pesquisadora,
observou-se, nas duas fases, que a maioria das notas nas avaliações feitas com os mapas
conceituais, mantiveram-se acima da média (> ou = 60%) em relação às notas das
avaliações tradicionais. Porém, constatou-se aqui uma diminuição nas médias das
avaliações tradicionais em relação aos dois bimestres anteriores.
Gráfico 8: Resultados referentes às Avaliações do 4º Bimestre das turmas de 3º ano A e B,
ano 2015
Fonte: Própria autora.
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Finalmente, no Gráfico 8, às avaliações do quarto bimestre escolar, permite a
comparação entre as notas das médias dos docentes avaliadores com as notas das
médias da docente/pesquisadora. Observou-se que, as notas da docente/pesquisadora
ficaram maiores que as notas dos docentes avaliadores. Mesmo assim, em comparação
com as notas das avaliações tradicionais, as outras duas fases, nas quais foram
utilizados os mapas conceituais como instrumento de avaliação, foram obtidos
resultados melhores.
A partir das análises qualitativas, em que a docente/pesquisadora preocupou-se
com a validade realizada através dos docentes avaliadores em relação ao uso dos mapas
conceituais, e através das informações coletadas foram verificadas contribuições
autênticas e que merecem destaque neste trabalho. Essas contribuições relacionam-se,
tanto à ampliação do conhecimento dos discentes sobre o conteúdo trabalhado, quanto
em relação à avaliação feita pelos validadores.
5. Conclusões
Esse artigo foi construído a partir de uma experiência embasada em uma dissertação de
mestrado e a partir de estudos, discussões e reconhecimentos dentro do tema mapas
conceituais como ferramenta de avaliação e aprendizagem, utilizada em turmas do
Ensino Médio. A partir de pesquisas e estudos ligados aos mapas conceituais,
despertou-se o interesse na docente/pesquisadora pela modificação da metodologia de
suas aulas no conteúdo Física.
Na tentativa de melhoria na aprendizagem desses discentes, devido ao baixo
rendimento nas avaliações escolares no conteúdo de Física, propôs-se a utilização de
mapas conceituais como metodologia para aprendizagem e para avaliação de notas
escolares dos discentes de turmas do 2º e 3º anos do Ensino Médio, de uma Escola
Pública Estadual da cidade de Diamantina/MG.
Após a inserção dos mapas conceituais nessas turmas do Ensino Médio, no
conteúdo de Física, percebeu-se progressivamente um melhoramento durante as
confecções dos mapas conceituais realizadas pelos discentes. Verificando
significativamente, nessa primeira etapa, uma pequena melhoria nas notas dos
discentes, quanto à utilização da ferramenta como instrumento metodológico de
aprendizagem.
Através dos mapas conceituais, construídos e analisados, verificou-se não
somente um avanço e crescimento em nível conceitual, como também foram
identificados aspectos descritos pelo autor Moreira (2010) tais como: hierarquização,
relação entre os conceitos, palavras cruzadas, verbos de ligação. Foi observada uma
melhoria significativa nas notas das turmas em que foram trabalhados mapas
conceituais em comparação com as turmas que não utilizaram a ferramenta.
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MAPAS CONCEITUAIS UTILIZADOS COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM
PARA O ENSINO DE FÍSICA
Obteve-se uma significativa ampliação no conhecimento dos discentes tanto na
aprendizagem de conteúdo quanto na avaliação escolar. O que foi verificado através da
melhoria das notas escolares no conteúdo de Física. Foi verificado durante 4 (quatro)
bimestres escolares um melhoramento progressivo nas notas das avaliações feitas com
mapas conceituais em comparação com as notas das avaliações tradicionais.
Esse trabalho pretende despertar principalmente o interesse de docentes a
trabalharem com a ferramenta CmapTools, utilizando desse instrumento didático como
meio de metodologia no desenvolvimento de conteúdos em sala de aula.
A possibilidade de motivar docentes de outras áreas, não somente no conteúdo
de Física, mas também em todos os níveis de aprendizagem escolar, a trabalharem com
mapas conceituais. Sendo esses podendo ser divulgados e trabalhados em todas as
modalidades de ensino, servindo como facilitadores no processo de aprendizagem em
sala de aula. Possibilitando a organização dos significados nas idéias dos aprendizes,
hierarquizando o conteúdo de maneira detalhada, desde os conceitos primários até os
secundários.
A proposta de ensino relatada nesse artigo estende-se aos futuros profissionais
da educação que quiserem aprofundar mais no assunto e também fazer parte desse
instrumento de avaliação. Essa ferramenta metodológica, poderá ser utilizada não
apenas em disciplinas de Física, mas também em diferentes disciplinas, não só no
ensino médio, mas em outros cursos, inclusive superior.
Referências
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impressão.Porto Alegre. Editora,Sagra.
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3. Costa, J. A. da, 2016. As novas tecnologias e sua influência na prática docente.
Monografia, Universidade Estadual da Paraíba.
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Ciências
5. Exatas e Tecnológicas. Londrina, v.28, n.1, pp.47-54.
6. Macedo, M. F; Lima, A. M, 2013. Revolvendo o passado da avaliação educacional
e algumas repercussões na escola. Revista Teias. v. 14, n. 32, p. 17.
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Editora Centauro.
8. Moreira, M. A, 2013. Aprendizagem significativa, organizadores prévios, mapas
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MAPAS CONCEITUAIS UTILIZADOS COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM
PARA O ENSINO DE FÍSICA
material de apoio para o curso aprendizagem significativa no ensino superior:
teorias e estratégias facilitadoras. Pontifícia Univerdidade Católica do Paraná.
9. Moreira, M. A, 2013. O mapa conceitual como instrumento de avaliação da
aprendizagem. Educação e Seleção. n.10, pp.17-34.
10. Novak, J. D; Cañas, A. J. A, 2010. Teoria subjacente aos mapas conceituais e como
elaborá-los e usá-los. Práxis Educativa. v.5, n.1, pp. 9-29 , jan.-jun. 2010. Ponta
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11. Silva, J. B. da, 2015. O uso dos mapas conceituais como ferramenta de avaliação
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